PRAÇA SÃO FRANCISCO, PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE
São Cristóvão, cidade Mãe de Sergipe.
Confraria Sancristovense de História e Memória .
A Praça São Francisco é o testemunho da permanência da Ordem Religiosa Franciscana em Sergipe. Localizada na parte alta da cidade quatrocentenária de São Cristóvão, primeira capital do estado, a praça com seu espaço e construções religiosas é, na atualidade, um documento vivo do modelo de construção ibérico em terras da América Portuguesa.
Como modelo baseado no código filipino de urbanização, a Praça São Francisco possui o espaço quadrado, com suas relações de comprimento e largura ajustadas ao preconizado na Lei IX das Ordenações. Bem como as quatro vias secundárias e principais desaguando nos quatro vértices, onde em tudo relembra o que se recomendava para a Praça Maior de uma cidade. Diferentemente dos outros modelos franciscanos edificados no nordeste do Brasil que têm à frente uma rua ou espaço menor, o Conjunto Arquitetônico da Praça São Francisco possui, à sua frente, espaço amplo cercado por outros edifícios coloniais.

Além desse argumento, a Praça São Francisco desde que foi construída serviu de cenário para manifestações do poder administrativo, religioso e político inerente aos espaços construídos na parte alta da cidade, e, principalmente das manifestações da cultura popular: carnaval, festejos juninos e manifestações do folclore. A praça é igualmente circundada por obras do barroco nordestino.
Mesclada ao estilo inconfundível do barroco litorâneo no período do Brasil colônia, a construção dos edifícios em volta do quadrilátero em questão é o registro do modo de ser e viver dos citadinos no período colonial e imperial.
Em 2008, ano que se realizou o primeiro parecer, a UNESCO sugeriu à cidade de São Cristóvão algumas atitudes no que diz respeito a uma maior participação da comunidade local a favor da campanha, visto que, a mesma seria a principal zeladora desse patrimônio. Foram feitas campanhas de envolvimento e ações de infraestrutura, divulgação, educação (ambiental e patrimonial), dentre outras. E, consequentemente, a população foi convocada para que se engajasse à campanha pró- candidatura. A partir da segunda fase do pleito junto à UNESCO, a Espanha tornou-se um país parceiro em apoiar a reivindicação sãncristovense, embasado na construção da singular da praça, que é resultado das ordenações Filipinas em terras portuguesas e, portanto, um exemplo material único do momento histórico em que Portugal e Espanha estiveram unidos em sob uma mesma coroa.

Chegando ao século XXI como local de identidade e de memória, sendo tombada pela Unesco no dia 1º de agosto de 2010 como Patrimônio Cultural da Humanidade, este ano, estamos comemorando 11 anos de chancela como guardiões da preservação desde testemunho hispânico em solo sergipano. A Praça São Francisco, ao se tornar patrimônio em nível global, tanto pelo seu valor histórico, como sociocultural, configura-se como lugar de memória coletiva para os moradores, bem como local com potencialidades para o desenvolvimento do turismo, a exemplo de outros sítios históricos espalhados pelos cinco continentes. É neste sentido, que nos orgulha de ver o povo sancristovense ocupar o espaço para suas manifestações culturais, se sentir coparticipante deste reconhecimento, Patrimônio Mundial, orgulho do povo sergipano, honras para o povo Sancristovense. Parabéns São Cristóvão cidade que se orgulha de sua gente esse sim, seu maior patrimônio.
Hoje, Além do orgulho sancristovense de tem um bem patrimônio mundial, temos o reconhecimento por força de uma lei estadual, o reconhecimento de Cidade Mãe de Sergipe.
Lembrando, que a responsabilidade de conservação, é atribuída as três esperas do poder, união, estado e município, sabemos que existe um Comitê Gestor tendo representação das três esperas do poder e da representação da participação popular. 11 anos, comemorar com, uma reflexão do que podemos fazer muito mais. Avante!!!

Confraria Sancristovense de História e Memória
Nenhum comentário:
Postar um comentário