quarta-feira, 1 de março de 2023

PRAÇA SÃO FRANCISCO , 13 ANOS DE CHANCELA PATRIMÔNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE

 







A Unesco concedeu na tarde deste domingo, 1º, o título de Patrimônio Histórico da Humanidade à Praça São Francisco, localizada em São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do Brasil. Foi o fim de uma espera que afligiu o coração da maioria dos sergipanos por dois anos, quando a possibilidade do reconhecimento oficial começou a ficar ainda maior. A decisão veio na 34º Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),O resultado era aguardado desde a última sexta-feira, 30 de julho. no  ano de  2010, portanto, este  ano  comemoramos  13 anos  de chancela. Na  época da candidatura  a Praça era a única candidata brasileira, dentre outros 39 sítios de diversos países.

 que teve início em 15 de julho e vai até a próxima terça-feira, 3, em Brasília em 2010. O resultado era aguardado desde a última sexta-feira, 30 de julho. A Praça era a única candidata brasileira, dentre outros 39 sítios de diversos países.

A cidade de São Cristóvão já é conhecida por ser tombada como Patrimônio Histórico pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan). Agora, a importância dela como centro histórico ganhou peso internacional. Com esse, chega a dez o número de tombamentos recebidos pela cidade, que começaram a ocorrer entre os anos de 1941 e 1944. Em 1967, inclusive, todo o centro arquitetônico e urbanístico do centro histórico foi tombado por aquele órgão. 



O Conjunto Arquitetônico da Praça e do Convento de São Francisco é um dos mais expressivos remanescentes dentre os que foram edificados pela Ordem Franciscana e pelas Irmandades consorciadas na Colônia Portuguesa do Brasil. Em São Cristóvão, a ampla praça criada à frente da igreja remete claramente a Lei IX das Ordenações Filipinas. Este fato a torna singular não só entre as demais praças de São Cristóvão - a do Carmo e da Matriz - como também se comparada com as praças ou adros dos conventos franciscanos de Penedo, Igarassu e João Pessoa, por exemplo. É a única onde o Convento se debruça sobre a praça. Os demais se abrem para um adro ou mesmo para a rua, como em Penedo.




Ao mesmo tempo, constitui-se local e objeto referencial tanto para a vida atual e pretérita da cidade, como para a porção de arquitetura religiosa na cultura europeia adaptada aos trópicos americanos. Também sob este aspecto diferencia-se das demais que não possuem essa característica de forma acentuada como a de São Francisco a lembrar ainda mais a tradicional “Plaza Mayor” espanhola. Nesse sentido a Praça São Francisco representa um registro integro e  um fenômeno urbano singular no Brasil, que tem como contexto um período representativo de sua história: a aliança das coroas portuguesa e espanhola sobre o domínio dos reinados de Felipe II e Felipe III.



Ordens religiosas – jesuítas, beneditinas, carmelitas e franciscanas – espalharam seus estabelecimentos por todo o Brasil, mantendo um controle inter-regional, com ordens ditadas pela metrópole, mas que não as impediu de desenvolver formas originais locais, sobretudo nos templos franciscanos. Particularmente, os conventos construídos entre Pernambuco e da Bahia foram analisados e denominados por Germain Bazin como a “Escola Franciscana do Nordeste”. A autorização para construção de qualquer igreja, convento ou paróquia no Brasil estava subordinada ao Rei, por intermédio da Ordem de Cristo, da qual era o supremo senhor. Aprovações de qualquer obra na colônia aguardavam a resposta de Portugal por longos anos. Entre outras exigências, havia a preocupação até com a provisão de recursos para tal. A presença da Ordem Franciscana foi materializada a partir de 1585, com a fundação do primeiro convento em Olinda, seguindo, após, a implantação de vários outros. Até a época da invasão do Brasil pelos holandeses, cinco já existiam. 


Danificados pelos invasores ao término da ocupação holandesa (após 1650), os conventos foram reconstruídos, ampliados e novas construções foram retomadas. Em 1657, o Governador Geral do Brasil, Francisco Barreto, atendendo solicitação dos habitantes de São Cristóvão, aprovou a abertura da casa conventual da Ordem. Somente no ultimo decênio do século XVII foi lançada a primeira pedra do Convento e Igreja São Francisco, cujas obras se prolongaram durante boa parte do século seguinte.




Continua ....




CRISTO REDENTOR - "Lugar de história, memória e devoção"

 


CRISTO REDENTOR

                              Lugar de história, memória e devoção


                                                                                                                  Adailton Andrade                                                                                                                                    Historiador e Pesquisador

                                                               Presidente da Confraria Sancristovense  de História  e Memória 


O Cristo redentor de São Cristóvão, localizado na colina de São Gonçalo a 90 metros de altitude, do alto São Gonçalo, assim chamado o lugar por existir ali uma capela que levava a devoção de São Gonçalo, esse monumento  cultural , para alguns   um lugar de  prece e oração , para outros, um lugar de  história  e memória. A sua construção foi iniciada em 1924 e inaugurada no dia 26 de janeiro de 1926. Este fato torna o Cristo de São Cristóvão um dos mais antigos do país, antes dele teve  o do Morro  do Imperador  em Juiz de Fora - MG. 

 O historiador e diretor do Museu  do Crédito Real, Roberto Dilly,  é um dos  entusiastas e administradores  do Morro do Imperador que, segundo ele, foi batizado oficialmente como Morro do Redentor, mas  é  conhecido também como Morro da Liberdade e Morro do Cristo. A construção foi iniciada em 1902, e a inauguração ocorreu  em novembro de 1905, tornando assim  o mais  antigo  em construção  do Brasil,  um pouco antes  do  segundo  a ser inaugurado  o da cidade  de São Cristovão –Sergipe que antecedeu  a construção  e inauguração  do Cristo mais  famoso  do mundo  que é o monumento  localizado  no Rio de  Janeiro, que  e datado  em 12 de outubro  de 1931.


A escultura foi encomendada pelo então presidente de Sergipe, Dr. Maurício Graccho Cardoso, ao arquiteto italiano Belando Bellandi.. Sua constituição é em concreto armado, com 16 metros de altura (6 de corpo e 10 de base) e 1,4 metros em cada braço. Ainda compõe no momento na parte superior uma imagem de São Gonçalo, já que ali  existia  uma  igreja de devoção ao mesmo santo, e na parte de baixo  uma réplica  da  escultura Pietà, feita pelo renascentista Michelangelo, é uma das mais belas e impressionantes obras da história da arte do Ocidente e uma das mais conhecidas do autor.  Nele, o artista representa a cena bíblica em que a Virgem Maria segura em seus braços Cristo, seu filho já sem vida. 



É Deste atrativo é possível ter uma visão privilegiada de toda a cidade. Nos meados da década de 1972, na gestão do então prefeito Paulo Correia, conhecido na sua cidade como Paulo da farmácia, foi feita melhorias e estrutura pensando no desenvolvimento do turismo local, já que o 1º festival de Artes de São Cristóvão estava  chegando.

Com esse objetivo de desenvolver o turismo local, o momento Cristo redentor compõe   as ilustrações da bandeira do município, o monumento ainda não tem um reconhecimento de patrimônio nacional, mas já se tornou patrimônio cultural estadual, Alese aprovou um Projeto de Lei que transformou o Cristo Redentor de São Cristóvão patrimônio cultural e histórico de Sergipe.

 


 


terça-feira, 25 de outubro de 2022

CONFRARIA CELEBRA OS 200 ANOS DA INDEPÊNCIA DO BRASIL E O DIA DA SERGIPANIDADE

 

Sergipanidade é celebrada no TJSE Pela Confraria Sancristovense  de História e Memória , como também  outorga  da medalha do Mérito do Bicentenário da Independência do Brasil .

 Fonte : https://www.tjse.jus.br/agencia/noticias/item/13796-sergipanidade-e-celebrada-no-tjse-e-presidente-edson-ulisses-e-condecorado

 


Para comemorar o Dia da Sergipanidade, nesta segunda-feira, dia 24, ocorreu no Palácio da Justiça uma conferência com destaque à identidade cultural do povo sergipano. O evento foi promovido pela Confraria Sancristovense de História e Memória, em parceria com o Poder Judiciário de Sergipe, a Academia Sergipana de Letras, a Academia Sergipana de Educação e a Academia de Letras de Aracaju.

 


A programação contou com a outorga de Medalhas de Honra ao Mérito Cultural do Bicentenário da Independência do Brasil. Foram agraciados com a comenda personalidades que contribuem com o fortalecimento e a preservação da história e memória de Sergipe e do Brasil, bem como contribuem com eventos incluídos na agenda positiva da Confraria.

 
      

"É necessário que se resgate a história de todos recantos, de todos os povos, de valorizar a cultura. Estamos hoje celebrando a Sergipanidade, o ser sergipano, lembrando da nossa história e buscando a posteridade de toda a riqueza que Sergipe traz para que as gerações futuras também exaltem a nossa cultura. A Confraria Sancristovense de História e Memória tem procurado valorizar a cultura através da história", ressaltou o Des. Edson Ulisses de Melo, Presidente do Poder Judiciário de Sergipe, que foi um dos 29 agraciados com a Medalha dos 200 anos de Independência do Brasil.

 

Além do Desembargador-Presidente do TJSE, receberam a comenda: Maria do Carmo Déda Chagas de Melo, curadora da Quinta Juriscultural do TJSE e membro da Confraria Sancristovense; Sayonara Viana, Diretora do Memorial do Judiciário; o Deputado Luciano Bispo, Presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe; o Capitão de Fragata Luciano Maciel Rodrigues, Comandante da Capitania dos Portos de Sergipe; Marcos Antônio Santana, Prefeito de São Cristóvão; Carlos Pinna de Assis, Conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe; Jorge Carvalho, Presidente da Academia Sergipana de Educação; Antônio Porfírio de Mattos, escritor, pesquisador e fundador do Museu do Cangaço; o escritor Domingos Pascoal; o empresário José Ormanio dos Santos; a poetiza e escritora Adriana Ribeiro; a professora Verônica Nunes; a poetiza e escritora Maria Rita Santos, presidente da Academia Sancristovense de Letras e Artes; o escritor Marcos Antônio; Luiz Carlos Freire, vice-presidente da Confraria Sancristovense; o pesquisador Celso Meneses; Marcos Roberto Gentil, acadêmico da Academia Brasileira Teológica de Letras; o escritor e poeta Luiz Eudes de Andrade; o folclorista e acadêmico Raimundo José dos Santos; Alexnaldo dos Santos Neres, Maurício Barros Santos, José Valmir dos Passos membros da Confraria Sancristovense de História e Memória.


Também foram entregues medalhas às instituições Museu da Polícia Militar, representada pelo Coronel Eliziel Rodrigues, Subcomandante-Geral da Polícia Militar; Conselho Estadual de Cultura, por intermédio do Conselheiro José Rivadálvio; Instituto Histórico e Geográfico; Paróquia Nª Senhora da Vitória, representada pelo Pároco Pedro Rangel; da empresa TV Atalaia de Comunicação.

De acordo com o Historiador Adailton Andrade, Presidente da Confraria Sancristovense de História e Memória, o objetivo é contribuir na manutenção do sentimento cívico e na exaltação da identidade sociocultural do povo sergipano e brasileiro. "A Confraria aproveitou esse dia de celebração da nossa Sergipanidade, de resgate e preservação da memória do nosso povo para fazer homenagens às pessoas que vem contribuindo para a cultura a memória da nossa gente. O importante é a preservação da memória e cultura sergipana, que mantenhamos esse sentimento de pertencimento de ser sergipano que é o legado de ontem, de hoje e que precisamos despertar nós sergipanos do amanhã", explicou Adailton Andrade.

A conferência "O Dia da Sergipanidade" foi proferida pelo Professor Doutor Jorge Carvalho do Nascimento, Presidente da Academia Sergipana de Educação. Ele refletiu sobre o conceito de sergipanidade e como os sergipanos contribuíram para a independência do Brasil.

"Nossos falares, nossas formas de ser, formas de falar, brincadeiras, formas de nos relacionarmos enfim, os modos que fazem com que nos humanizemos. A Sergipanidade é isso, ela está em tudo aquilo que somos, desde o que comemos até o modo como cultuamos os nossos mortos. Tudo o que é expressão humana é a identidade de um povo. Quando o Brasil insurgiu com o movimento de 1822, o qual resultou em estado autônomo e independente, precisou da contribuição dos povos que já habitavam o Brasil, como o sergipano. Aqui está o nexo causal dos povos na luta pela liberdade", abordou o conferencista, exemplificando as manifestações culturais como a Chegança, o Cacumbi, os Caboclinhos, o Lambe Sujo, o Bacamarte como expressões de luta pela emancipação.

Ainda, durante o evento, houve homenagens a sergipanos com a concessão de título e de certificados de membro benemérito e correspondente da Confraria Sancristovense, além de Moção de Aplausos para pessoas e instituições.


O Dia da Sergipanidade é um momento de fortalecer o sentimento de pertencimento de que só Sergipe tem: crenças, costumes, sotaques, culinária, belezas naturais, manifestações populares e história, os quais definem a identidade e da cultura do povo sergipano. Em 2019, por meio da Lei 8.601/2019, o dia 24 de outubro foi incluído no calendário oficial do Estado.

FOTOS:  Raphael Faria - Dicom TJSE.

 

 

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

A comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil

 

 


 

CONFRARIA SANCRISTOVENSE DE HISTÓRIA E MEMÓRIA NAS COMEMORAÇÕES DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA   DO BRASIL

 

A Confraria Sancristovense de História e Memória (CONSAHM), instalada em 31 de julho de 2021, numa solenidade realizada no Museu de Arte Sacra de São Cristóvão - SE, surge com uma proposta de salvaguardar a História e a Memória da cidade “Mãe de Sergipe”. A mesma se identifica em seu regimento como uma Associação Pública de Fiéis, pesquisadores guardiões da história e da memória do lugar, que visa o estudo da História de ordens religiosas católicas, que atuaram a partir do Século XVI, na cidade de São Cristóvão.


A comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil, faz parte de uma série  de comemorações  que a Confraria  vem  realizando   dentro de sua agenda  positiva , além  do aniversário dos 12 anos  da chancela da praça patrimônio da humanidade, também  comemoramos o primeiro ano  de  implantação da Confraria, ainda  dentro desse espírito de celebração, não poderíamos  deixar passar  por  despercebido  o Bicentenário  da nossa independência, que  temos  uma ligação  histórica , Sergipe, Brasil  e a corte brasileira   em registro  as visitas  oficiais   em São Cristóvão do imperador  D. Pedro II  e de seu  herdeiro  sucessor  ao trono  imperial   Dom Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança.