Os recentes confrades empossados agora fazem parte de um importante instrumento para a história de Sergipe
O presidente da Confraria Sancristovense de História e Memória –CONSAHM, o historiador Adailton Andrade deu posse a novos membros, em sessão solene de diplomação, ocorrida no dia 25 de janeiro, às 15h, no auditório da Biblioteca Pública Epifânio Dória, em Aracaju, evento bastante prestigiado por autoridades civis e militares.
Na abertura da solenidade, a cantora lírica e confrade correspondente, Célia Zaiin cantou o hino nacional. Todos ficaram de pé para a entrada da bandeira nacional.
A entidade outorgou diplomas de menção honrosa a algumas instituições e pessoas que contribuíram para a realização do II Simpósio Nacional de Confrarias e Academias Literárias, realizado na antiga capital sergipana.
O presidente da Confraria, Adailton Andrade abriu a fulgente solenidade de diplomação e posse de membros efetivos e correspondentes, invocando a presença de Deus, pela grandeza da pátria.
Um dos pontos altos do evento foi a entrada do baú da história ao som de música. Uma comissão de honra foi formada para conduzir ao recinto os novos empossados, composta por Luiz Carlos Freire, vice preidente da Confraria, os confrades, Jose Valmir Passos, Luiz Eudes e Celso Menezes.
Estiveram presentes as seguintes personalidades:
Profa. Sueli Maria Pereira* - Pró-Reitora de Extensão, representou o Magnífico Sr. Magnífico Reitor Valter Joviano;
Sereníssimo da Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe; Grão-mestre Genival Andrade;
Sra. Maíra Campos* - Superintendente do Iphan/SE; José Claudio Silva Barreto* - Superintendente Regional do Trabalho em Sergipe;Josenito Miranda representando o prefeito de São Cristóvão; DrªMaria das Graças M. Melo desembagadora do TRT/SE; Drº João Augusto Bandeira de Melo Procurador Geral do TCE/SE; Dr. Willimes Soares Presidente da Academia Sergipana de Medicina; Juciene Maria de Jesus - Diretora da Biblioteca Epifânio Dória.
Dentre demais autoridades militares, esteve presente o capitão de fragata, Alexandre Almeida Gomes Ferreira, comandante da Capitania dos Portos de Sergipe. “A Confraria estuda história e a Marinha do Brasil tem história, este ano completará 170 anos”, lembrou.
Já o tenente coronel Ricardo Pereira Barreto, comandante do 28° Batalhão de Caçadores, disse que a instituição busca ter relacionamento com vários órgãos. “História é algo que todos temos que ter conhecimento para registrar e ter na memória”, disse.
A solenidade homenageou ainda o ex-conselheiro Carlos Pinna de Assis (in memorian) pela contribuição à cultura aos municípios sergipanos. Em sua carreria, Pinna foi agraciado com seis títulos de Cidadania Honorária de Estado e Municípios e 17 comendas. O genro do ex-conselheiro Carlos Pinna, Marcelo Figueiredo recebeu a homenagem em nome da família.
Segundo o presidente da confraria, o historiador Adailton Andrade os novos membros diplomados foram pessoas avaliadas por uma comissão devido à formação técnica e literária (advogados, jornalistas, historiados, médicos, arqueólogos, inclusive espeleólogo, visando contribuir com o resgate da história do município”, justifica.
O presidente convidou os empossados a postarem-se em pé para o compromisso estatutário. Neste momento foi convidado o senhor Raimundo José dos Santos a prestar em nome dos confrades e confreiras o termo de posse, prometendo manter, defender e cumprir o estatuto da confraria sancristovenese de história e memória.
LISTA DOS EMPOSSADOS:
1. ADELMO PELÁGIO DE ANDRADE FILHO
2. ANITA ROCHA PAIXÃO
3. DOMINGOS PASCOAL DE MELO
4. ERUNDINO PRADO JUNIOR
5. IURY ANDRADE RABELO
6. JUSCELIA FIGUEIREDO DA SILVA – (Celiah Zaiin)
7. LUSENILDE GOMES DE ANDRADE – (Lúcia Andrade)
8. MARIA CECILIA BRAGA DOS SANTOS
9. MARIA EUNICE GUIMARÃES SANTOS GARCIA
10. RAIMUNDO JOSÉ DOS SANTOS – (Betinho de Saubara)
11. ROSA GEANE NASCIMENTO SANTOS
12. VERA LÚCIA DOS SANTOS
Durante a solenidade, pessoas e instituições foram homenageadas pelos relevantes serviços prestados à Confraria e outras prestigiaram o solene evento que marca o mundo literário no ano de 2024.
Presentes o Sr. Jodoval Santos, presidente da Academia Riachuelense de Letras; Padre José Lima, conferencista de abertura do simpósio; os conferencistas da mesa temática de Sergipe: José Anderson Nascimento e Jorge Carvalho Nascimento; os conferencistas da mesa temática da Bahia: Betinho de Saubara e Luiz Eudes e conferencista da mesa temática do Ceará: Domingos Pascoal de Melo.
A confreira empossada Dra. Rosa Geane participou do momento de declamação poética.
Foram convidados a receberem o certificado de participação do II Simpósio, os senhores Marcos André e José Ginaldo de Jesus, além da poetisa declamadora, Sra. Dirce Nascimento.
Encerrando a solenidade, o presidente Adailton Andrade agradeceu ao Governo do estado, através da Seduc, diretamente à senhora Juciene Maria, diretora da Biblioteca Pública Epifânio Dória por ceder o espaço para a realização da nobre cerimônia.
O presidente da Confraria comunicou que todos os membros de academia e movimentos culturais representados receberão uma certificação honorária de participação. Ele agradeceu ainda a Celebrar Eventos, Editora Colosso, Academia Sergipana de Medicina, Instituto Gessica Ronise e aos representantes de Academia co irmãs que estiveram presentes.
Ao final da solenidade, Adailton Andrade convidou os presentes para participarem de um coquetel no hall da biblioteca.
História da Confraria Sancristovense de História e Memória
A Confraria Sancristovense de História e Memória, (CONSAHM) surge com uma proposta de salvaguardar, a história e a memória da cidade mãe Sergipe, a mesma se identifica em seu regimento como uma Associação Pública de Fiéis, pesquisadores guardiões da história e da memória do lugar que visa o estudo da história de ordens religiosas católicas que atuaram desde o Século XVI na cidade de São Cristóvão, Sergipe.
As confrarias constituíram os pilares do ensinamento catequético, logo com a chegada dos colonizadores portugueses em terras sergipanas, com isso, essas ordens religiosas deixaram, um legado registrado em documentos que nos permite nos dias de hoje entender as relações dessas ordens religiosas com a comunidade local da capitania de Sergipe Del Rey. O que sabemos é que no século XVII começaram a ser instaladas as irmandades com a chegada dos padres jesuítas, isso nos moldes das organizações religiosas na Europa e nas Américas Portuguesas. A partir do século XVIII, na América portuguesa, as irmandades passaram a ser reguladas pelas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, resultado do sínodo diocesano. As ordens terceiras eram subordinadas institucional e espiritualmente a uma ordem religiosa. Em Sergipe, estavam sediadas em São Cristóvão.
Eram as Veneráveis Ordens Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo e Terceira de São Francisco de Assis, irmandade do Santíssimo Sacramento, Venerável Ordem terceira de São Francisco de Assis, Irmandade dos Homens Pretos do Rosário, Irmandade dos homens Pardos do Amparo e tantas outras. Essas irmandades edificaram igrejas próprias, todas elas, desenvolviam um papel importante na sociedade Sancristovense, como também o zelo pelo papel espiritual, isto é, conceder ao confrade membro o hábito da irmandade, o acompanhamento e o sepultamento, enfim, a “boa morte e salvação das almas”. Com tudo, nasce em São Cristóvão uma Confraria com o objetivo de estudar, pesquisar essas relações entre as confrarias e sociedade local, tendo como seu principal papel a preservação da memória, o estudo, e da pesquisa histórica.
Outra prerrogativa da Confraria é prestar apoio e orientação as manifestações culturais de caráter local, o que consistirá principalmente em divulgar a cultura local. Promover o incentivo as letras e as artes. Esses feitos tem por finalidade também conscientizar e despertar o sentimento de pertencimento aos munícipes da cidade Mãe de Sergipe, fazer com que eles conheçam sua história e passe a amá-la, porque só amamos o que conhecemos, cidade rica em história e acontecimentos importantes do período colonial e provincial no Sergipe Del Rey que hoje está sendo compreendida, estudada e dando voz a aqueles sujeitos que ficaram invisíveis, anônimos da nossa história, esse é o papel da Confraria dialogar com os documentos deixados por essas ordens e entender as relações entre elas e a sociedade local.
“A função das Academias e das Confrarias é ligar o Brasil de norte a sul, sistematizando e consagrando todas as manifestações da alma coletiva, ao invés de as repelir a pretexto de bom gosto ou de as esquecer em nome da metrópole” (Alcides Maya)
Por Cláudia Meireles – Jornalista DRT 650/SE
Colaboração - Assessoria de Imprensa






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