A Unesco concedeu na tarde deste domingo, 1º, o título de Patrimônio Histórico da Humanidade à Praça São Francisco, localizada em São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do Brasil. Foi o fim de uma espera que afligiu o coração da maioria dos sergipanos por dois anos, quando a possibilidade do reconhecimento oficial começou a ficar ainda maior. A decisão veio na 34º Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),O resultado era aguardado desde a última sexta-feira, 30 de julho. no ano de 2010, portanto, este ano comemoramos 13 anos de chancela. Na época da candidatura a Praça era a única candidata brasileira, dentre outros 39 sítios de diversos países.
que teve início em 15 de julho e vai até a próxima terça-feira, 3, em Brasília em 2010. O resultado era aguardado desde a última sexta-feira, 30 de julho. A Praça era a única candidata brasileira, dentre outros 39 sítios de diversos países.
A cidade de São Cristóvão já é conhecida por ser
tombada como Patrimônio Histórico pelo Instituto do Patrimônio Artístico e
Histórico Nacional (Iphan). Agora, a importância dela como centro
histórico ganhou peso internacional. Com esse, chega a dez o número de
tombamentos recebidos pela cidade, que começaram a ocorrer entre os anos de
1941 e 1944. Em 1967, inclusive, todo o centro arquitetônico e urbanístico do
centro histórico foi tombado por aquele órgão.
O
Conjunto Arquitetônico da Praça e do Convento de São Francisco é um dos mais
expressivos remanescentes dentre os que foram edificados pela Ordem Franciscana
e pelas Irmandades consorciadas na Colônia Portuguesa do Brasil. Em São
Cristóvão, a ampla praça criada à frente da igreja remete claramente a Lei IX
das Ordenações Filipinas. Este fato a torna singular não só entre as demais
praças de São Cristóvão - a do Carmo e da Matriz - como também se comparada com
as praças ou adros dos conventos franciscanos de Penedo, Igarassu e João
Pessoa, por exemplo. É a única onde o Convento se debruça sobre a praça. Os
demais se abrem para um adro ou mesmo para a rua, como em Penedo.
Ordens religiosas – jesuítas, beneditinas, carmelitas e franciscanas – espalharam seus estabelecimentos por todo o Brasil, mantendo um controle inter-regional, com ordens ditadas pela metrópole, mas que não as impediu de desenvolver formas originais locais, sobretudo nos templos franciscanos. Particularmente, os conventos construídos entre Pernambuco e da Bahia foram analisados e denominados por Germain Bazin como a “Escola Franciscana do Nordeste”. A autorização para construção de qualquer igreja, convento ou paróquia no Brasil estava subordinada ao Rei, por intermédio da Ordem de Cristo, da qual era o supremo senhor. Aprovações de qualquer obra na colônia aguardavam a resposta de Portugal por longos anos. Entre outras exigências, havia a preocupação até com a provisão de recursos para tal. A presença da Ordem Franciscana foi materializada a partir de 1585, com a fundação do primeiro convento em Olinda, seguindo, após, a implantação de vários outros. Até a época da invasão do Brasil pelos holandeses, cinco já existiam.
Danificados pelos invasores ao término da ocupação holandesa (após 1650), os conventos foram reconstruídos, ampliados e novas construções foram retomadas. Em 1657, o Governador Geral do Brasil, Francisco Barreto, atendendo solicitação dos habitantes de São Cristóvão, aprovou a abertura da casa conventual da Ordem. Somente no ultimo decênio do século XVII foi lançada a primeira pedra do Convento e Igreja São Francisco, cujas obras se prolongaram durante boa parte do século seguinte.
Continua ....

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